Big Bost...

Então, quem me conhece sabe que não curto muito viver a vida dos outros. Tenho total repulsa à fofoca ou a coisas que dizem respeito à vida alheia. Cada um no seu quadrado...
Entrei nesse assunto por causa do Big Brother. A alta audiência de todos os dias, pra mim, é um grande exemplo do desejo que nós temos em olhar a postura alheia diante de dificuldades ou quando vivem em comunidade: os conflitos, as caretas, as pernas de fora. E é incrível como os que mais polemizam são os que mais tempo ficam na casa, afinal são eles que fazem o circo pegar fogo, não é? Ou seja, os mais valorizados, mais idolatrados são os “armadores de barraco”. Se você for um big brother calado, só na miúda, pode crer que seus dias estão contados na casa...
Não acompanhei as edições anteriores do Big Brother, pois achava tudo aquilo uma grande besteira. Porém hoje, talvez porque todos que me rodeiam acompanham (namorada, mãe, pai, irmão e amigos) e, buscando o que há de melhor nas coisas, tenho parado para olhar criticamente e refletir sobre tudo aquilo. Cheguei a imaginar como seria maravilhoso ter uma idéia como essa. Penso que o cara que inventou os realities shows hoje deve ter status de gênio. Como pode ser tão genial reunir pessoas numa casa cheia de câmeras? Será que tenho chances de ter uma idéia como esta? Espero que sim.
Milhões de pessoas gostariam de entrar naquela casa, milhões de pessoas se propõem a serem verdadeiras cobaias para interagir promovendo uma novela real onde a fama, muitas vezes, é objetivo maior do que o prêmio final. Às vezes parece que algumas pessoas se sentem vitoriosas só de estarem ali dentro sendo vigiadas 24 horas por dia, pois mesmo que saiam no meio do caminho, certamente terão muitos compromissos, status de ex-big brother e, certamente capa de alguma revista masculina ou não.
Se você reparar algumas posturas, vai perceber também que as pessoas estão cada vez mais interessadas única e exclusivamente nos próprios umbigos, parece normal ver pessoas “jogando”, usando máscaras ao invés de se relacionarem sem elas. Se a relação entre as pessoas é o que faz o Big Brother ter sucesso, por que as pessoas insistem em querer “jogar”? Afinal, se relacionar é jogar, ou jogar é se relacionar? Talvez se não houvesse prêmio no final, a palavra “jogo” não seria nem se quer lembrada.
O fato é que por mais vazio que seja o integrante da casa, ele consegue ficar famoso. Mas a fama é rasa, ela passa, a memória das pessoas é curta. Acho que muitas pessoas confundem fama com sucesso. A diferença fundamental entre eles é que o sucesso é sustentado pelo talento, ele é permanente, pois é fruto de muito trabalho. A fama, entretanto, muitas vezes é apenas um status relâmpago num rostinho e corpinho bonito.
Bom, espero que nós saibamos refletir sobre as relações entre os nossos “heróis” (hã??!!) como o boçal, aliás, o Bial diz. Analisando tudo isso separando o joio do trigo.

Um comentário:

Ricardo disse...

matéria interessante amigo, parabéns!