Rocinha de Feijão

Sol ainda tímido

Fogo na lenha do fogão

Cheiro de café

Galo cantando no portão

Bota nos pés, chapéu na cabeça

Enxada nas costas

No caminho orvalho ainda nas folhas

Poucos metros de casa rocinha de feijão

Carpindo o mato, adubo no chão

Dez minutos descanso

Se escora no cabo da enxada

Gole d´água na nascente

Ali ele também nasceu

Não queria que fosse diferente

Volta ao trabalho

Trabalho ou terapia?

Fardo ou prazer?

Ele responderia: “Realização Plena, minha roça, meu lazer!”