Palpável abstração

“Tonteio” na grande roda viva da vida. Ela gira e às vezes retrai minhas esperanças, mas também gera fulgor e impulsiona meus pensamentos que viajam por muitos universos quando busco o novo, ciclicamente, de novo. Meu imaginário que pede, oferece, poucas vezes obedece mas rejuvenesce meu futuro. No passado nasci sem manual, em branco meu mural, com cada passada crio condições de escrever nele sem regra nem anarquia. Não me mandaram ser este ou aquele, rejo minhas melodias como quem sonha e pisa no chão todo dia. Regendo sem regimento, agindo sem coagir, velejando com o sopro do vento invisível que bate sobre mim neste mar de abstrações que me instigam e elevam. Nostalgicamente já pensei em encontrar os “por quês” e me vi cansado de temer o que amanhã espero não ser. Mas as incertezas são sal que temperam o sabor da vida, só temo ondas de um mar de incertezas, cuja água não se pode beber.

6 comentários:

Lu Grilo disse...

Fantástico...só isso

Adriano Dirribeira disse...

São seus olhos meu amigo!

Monique disse...

Parece que meu texto sobre a roda influenciou você... Gostei de ver a roda com seus olhos.
Peço desculpas pela ausência, ando ausente até de mim.

Adriano Dirribeira disse...

Olá Monique... às vzs a roda viva deixa a gente tonto, mas com pés no chão a gente vai se recompondo..
Obrigado pela visita!

Cavaleiro dos Dragões disse...

boa reflexão
boa ação
condição
de ser
uno e especial como você!
abraços

Adriano Dirribeira disse...

Grande Zé!