Moeda do Equilíbrio

O Governo do Brasil, nos últimos dias, tem dado sinais de que irá limitar o crédito para frear um pouco o consumo do povo brasileiro. É curioso a gente ligar a TV, ver a publicidade em massa instigando à todos o consumo dos mais diversos tipos de produtos e isso ligado com o poder de compra que vem crescendo na medida em que a economia do país cresce. Aprendemos a gostar de gastar, a oferta de produtos é enorme, o crédito fácil... Um prato cheio pro esquecimento do significado da palavra equilíbrio.
Não tenho a pretensão de dar uma aula de economia aqui, mas sim colocar esse tema como reflexão sobre nossos conceitos e sobre a curiosa mania do governo de brigar pelo crescimento, carregar isso como bandeira e depois pensar em limitar o crédito. É como tirar o doce da boca da criança antes de mostrar pra ela o quão perigoso pode ser comer doce demais.
As vendas de veículos estão disparadas, está tão fácil comprar um carro hoje em dia, um bem que muitas vezes serve apenas como ferramenta de status, que faz nosso trânsito ficar pior. Mas o problema não é o carro (mesmo porque adoro carro) o problema, eu acredito, está na cultura das pessoas que não abrem mão desse recurso para usar outro tipo de transporte mais sustentável. Seria ótimo também se nosso transporte coletivo fosse melhor estruturado, ta certo que este é um problema recorrente de décadas, mas será que só isso justifica a passividade do povo no que diz respeito à exigência de um transporte coletivo que atenda todas as classes sociais?
É mais fácil remediar: o capitalismo incentiva a compra; o governo oferece crédito; o povo compra, compra, compra; aí o governo, também pressionado pelas fábricas cuja capacidade de produção já está no limite, pede que sejamos menos consumistas, pois o consumo exacerbado pode vir a trazer conseqüências ruins para o país. Curioso, não acham? Será que não seria mais fácil atacar na causa ao invés do efeito? Porque não educar o povo estimulando uma cultura mais sustentável alinhado com o consumo equilibrado dos recursos?
Confio que agindo localmente continuarei colaborando com o todo. Veja que maravilha, andando a pé eu:
>> Não poluo o meio ambiente;
>> Economizo combustível;
>> Faço uma atividade física;
>> Não me estresso com o trânsito.
Se você é privilegiado e pode abrir mão do seu veículo de vez em quando assim como eu, vai em frente, não custa tentar!!

Adriano

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